Imortalidade à vera?

A busca da imortalidade e da juventude eterna desafia a séculos a imaginação e a inventividade dos homens. Da mesma forma, a existência de um organismo imortal aqui na Terra parecia impossível. No entanto, um pequeno hidrozoário (4 a 5 mm de diâmetro), Turritopsis nutricula, encontrado em águas tropicais, é agora foco das investigações de biólogos marinhos e geneticistas, em virtude da verdadeira "mágica biológica" que executa e que o torna VIRTUALMENTE IMORTAL. Os indivíduos desta espécie, que se reproduz de forma assexuada, depois de liberarem seus gametas, revertem seu processo de envelhecimento e retornam a forma juvenil. Este processo que ocorre por diferenciação celular, comum na regeneração de tecidos por exemplo, ocorre neste animais de forma atípica, interferindo no processo de envelhecimento normal. Aparentemente, este ciclo de envelhecer e rejuvenescer pode se repetir indefinidamente. Historicamente, a Evolução, através da Seleção Natural e de mutações ao acaso, desenvolveu diversas estratégias, típicas de cada espécie, visando a sua preservação. Outra visão deste processo, afirma que são os genes (pequenas porções do DNA) e não o indivíduo ou a espécie o objeto de preservação da Evolução. Segundo Richard Dawkins, autor de "Deus, um delírio" e "O gene egoísta", são eles, os genes, que comandam os organismos e, no intuito de perpetuarem-se criam, em ambientes altamente competitivos, máquinas de sobrevivência cada vez mais eficazes. Seja como for, a diversidade da natureza e a complexidade dos sistemas vivos que já era inesgotável e indecifrável em muitos aspectos, neste caso, parece zombar do homem moderno e de toda a sua Síndrome de Peter Pan.