O incrível Maurits Cornelis Escher



Vinha trabalhando atualmente na elaboração de algumas postagens para este blog na linha do desenho gráfico, logotipos e tais. Algumas idéias não me saiam da cabeça. E, boas idéias, me permito dizer. Mas, foi aí que reencontrei meu velho e querido amigo Eduardo aqui, no Grajaú, na "redação" do APERITIVO DIGITAL. Usufruir de sua meiguice e de sua peculiar inteligência sempre foi e sempre será para mim um privilégio. Desta vez, porém, o que mais me chamava a atenção era a camiseta que ele exibia e onde se via estampada bela litografia do Escher. Pronto! A partir daí mil imagens dos trabalhos dele, do Escher e não do Eduardo, passaram a assaltar meus sonhos e pensamentos. Criar um post falando da vida e da obra deste incrível artista, o Escher não o Eduardo, passou a ser uma prioridade para mim.

Maurits Cornelis Escher (1898-1972) é um dos mais famosos artistas gráficos do mundo. Mais conhecido por criar estruturas impossíveis como em "Ascending and Descending, e " Relativity" ou por suas surpreendentes transformações como em "Metamorphosis I", "Metamorphosis II", "Metamorphosis III", "Sky & Water" ou "Répteis", Escher, no entanto, durante o tempo em que viveu na Itália, criou maravilhosas obras realistas como "Castrovalva", por exemplo, onde já se pode observar seu crescente fascínio pelo alto/baixo e pelo longe/perto. Também é dessa época a litografia "Atrani" (pequena cidade na costa de Amalfi), de 1931.

Escher nasceu em Leeuwarden, Holanda, como o quarto filho de um engenheiro civil. Quando tinha 5 anos, sua família mudou-se para Arnhem, onde Escher passou a maior parte de sua juventude. Depois de fracassar nos exames do ensino médio, o pai, sem mais saber o que fazer para educá-lo, acabou matriculando-o na Escola de Arquitetura e Artes Gráficas. Uma semana depois, ele informou ao pai que preferia estudar artes gráficas em vez de arquitetura. Seus desenhos mereceram elogios de seu professor, Samuel Jessurun, que o incentivou a prosseguir com artes gráficas. Depois de terminar a escola, ele viajou pela Itália, onde conheceu sua esposa, Jetta Umiker, com quem se casou em 1924. Estabeleceram-se em Roma, onde permaneceu até 1935. Durante estes 11 anos, Escher iria viajar por toda a Itália sempre observando e desenhando. Muitos desses desenhos ele usaria mais tarde para várias litografias, xilogravuras e gravuras em madeira.

Durante sua vida, Escher fez 448 litografias, xilogravuras e gravuras em madeira e mais de 2000 desenhos e esboços. Como alguns de seus antecessores famosos como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Dürer e Holbein, Escher era canhoto. Além de artista gráfico, Escher ilustrou livros, projetou tapeçarias, selos postais e murais sempre "brincando" com a arquitetura, a perspectiva e os espaços impossíveis. Sua arte continua a surpreender e a admirar milhões de pessoas em todo o mundo. Em sua obra, reconhecemos sua observação afiada do mundo que nos rodeia e as expressões de suas próprias fantasias.

Fonte: http://www.mcescher.com/Biography/biography.htm

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Comentários

  1. Fascinante, viajei olhando as litografias.
    Parabéns. Estou amando cada matéria postada.
    Bjus a todos.

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  2. Escher foi um artista muito criticado por "matematizar" a arte. Não teve o reconhecimento amplo que outros, inferiores a ele, tiveram.
    Ainda bem que o trabalho dele fala por si só.

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  3. Escher e a Globalização, segundo Bauman.

    A principal força motora por trás desse processo [a globalização] tem sido desde o princípio a acelerada “liquefação” das estruturas e instituições sociais. Estamos agora passando da fase “sólida” da modernidade para a fase “fluida”. [...]. Não se deve esperar que as estruturas, quando (se) disponíveis, durem muito tempo. Não serão capazes de agüentar o vazamento, a infiltração, o gotejar, o transbordamento – mais cedo do que se possa pensar estarão encharcadas, amolecidas, deformadas e decompostas. Autoridades hoje respeitadas amanhã serão ridicularizadas, ignoradas ou desprezadas; celebridades serão esquecidas; ídolos formadores de tendências só serão lembrados nos quizz shows da TV; [...]. Tudo isso é como habitar um universo desenhado por Escher, onde ninguém, em lugar algum, sabe apontar a diferença entre um caminho ascendente e um declive acentuado.

    Zygmunt BAUMAN. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005. p. 57-58.

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