Que tal passarmos a discutir a política de hoje?




Estou escrevendo na madrugada de quinta-feira e já morreram mais de quarenta (40!) pessoas no Rio de Janeiro na guerra pelo controle das favelas de Vila Isabel e do Engenho Novo, aqui pertinho de casa, no Grajaú. Derrubada de helicóptero da polícia civil, ordem do tráfico para que moradores dos bairros vizinhos às favelas deixem suas casas, interrupção dos transportes coletivos, todo um enredo de terror num lugar que nunca havia conseguido destaque nos noticiários de TV.  Qué hacer?

Abaixo, link para reportagem de O Dia:

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/10/desalojados_pela_guerra_no_rio_42041.html

Comentários

  1. A chave da discussão da violência no Brasil está na polícia que temos.
    Faço a pergunta: se, numa noite qualquer, você se vê sozinho num beco escuro e sem saída, e aparece, lá na ponta, um carro da PM vindo em sua direção - você está salvo ou está fodido?
    Foi de colocar os bofes pra fora aquela sequência filmada do assassinato do coordenador do Afroreggae. A polícia não prestou socorro à vítima, libertou os criminosos e ainda roubou o blusão e o tênis do cara.
    Minha nossa... que merda de lugar é este país!

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  2. Queridos,
    Antes de mais nada saúdo a mudança de foco da discussão. Com todo o respeito, já deu o que tinha que dar... Também moro próximo a região onde ocorreu o conflito bélico e, por muito pouco, não assisti a derrubada do helicóptero da polícia civil. Da minha janela, cheguei a observar suas manobras sobre o morro dos macacos (Monkey Hill, segundo um jornal inglês). Embora meio usual demais a expressão "parecia um filme" é muito adequada. Ou não? -Puxa! Perdi este filme! Quase lamentei... Parece-me que, as vezes, que a realidade substituiu a arte ou seria o contrário? De qualquer forma, enquanto este estado de atordoamento existir nem tudo estará perdido. Sartre, em seu livro "Diário de uma guerra estranha" relata como em uma guerra a morte e a visão de corpos desfigurados de tão comum se torna banal e não causa mais espanto.
    Mudando de pato pra ganso, como se diz lá em Friba, meu caro Alípio, queria te dizer que acho que muita responsabilidade se coloca nas costas da Polícia Militar ou civil. Estas instituições, em que pese o despreparo de muitos dos seus elementos, não pode ser responsabilizada, por exemplo, pela entrada de drogas (em especial cocaína) ou armas no país. Não cabe a elas fiscalizar fronteiras. A ausência do Estado por décadas nas chamadas comunidades carentes também não é responsabilidade destas corporações. E a classe média que reclama e faz manifestações durante o dia e fuma seu baseadinho à noite ajudando a sustentar o tráfico? Porque não legalizam a venda e o consumo da maconha? A lei seca nos EUA foi a responsável pelo surgimento do crime organizado, Al Capones e tais. LEGALIZEM JÁ! EU APOIO!

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  3. Em tempo: Por elementos "despreparados" entenda-se " bandidos fardados, sociopatas compulsivos", ok?

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  4. Quase um século depois, deixo meu comentário.... como disse o Ernani, estamos cercados de policiais "despreparados", com esse enfoque mesmo, politícos "despreparados",e que acham, ou melhor tem certeza que o Brasil é quintal da "casa da luz vermelha" deles.Quanto a legalização da maconha, quem vai querer abrir mão de tão cobiçada mercadoria?
    Triste destino!

    Bjs, Cá.

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