ALGUMA SATISFAÇÃO SOBRE RISOS INCONVENIENTES


Em toda a minha vida, sempre fui muito criticado por soltar gargalhadas de coisas poucos gargalháveis - como bem disse o “que sempre chega depois”, reforçado pelo “sem problemas de agenda”, mais “a da nova geração” e a Marilia.

Acho que a única capaz de rir comigo aqui é a Cassinha - até que declare o contrário, evidentemente.

A má notícia, meus caros e admirados amigos, é que vou continuar gargalhando. Coisas da vida. O que está distante de mim pode, sim, virar piada. Que se dane.

Mas, por falar em piada, digo que as melhores anedotas que conheço ou são de humor negro (olhaí o politicamente incorreto atacando!) ou são de humor preconceituoso (sobre negros, judeus, portugueses etc). No cinema, sou capaz de rir sozinho em cima de cenas trágicas. Quando vi “Pulp Fiction”, estréia, sala lotada, explodi numa escandalosa gargalhada quando o personagem do John Travolta explodiu a cabeça de um garoto por um disparo de arma sem querer. E ri quase tanto quando Cybelius, no mesmo filme, foi estuprado por um policial. A cena foi engraçada. Lamento pelos que se chocaram.

Outros momentos interessantes acabam de vir à mente.

Uma semana depois da morte do Ayrton Senna - com todo o Brasil chocado - eu nunca vi tanta piada sobre a morte de alguém. Algumas ótimas. Um pouco depois, o país também entrava de luto pela morte dos meninos dos Mamonas Assassinas. O avião se chocou contra uma montanha e eles viraram picadinho. As piadas vieram em massa, uns cinco dias depois. Várias entraram no meu repertório e conto até hoje, com relativo sucesso.

O ataque do onze de setembro, três mil mortos, alguns se jogando lá de cima, não teve a menor graça. Pra vocês. Três dias depois, meu e-mail tinha nada menos que 23 piadas sobre a tragédia. A melhor delas era chamada de “a última foto da viagem a NY”: um cara encostado no muro da cobertura e um Boeing se aproximando...

Sei que você, “a da nova geração”, moldou a mente sob os critérios do politicamente correto. É salutar. Infelizmente, porém, me vejo na obrigação de dizer que este subdesenvolvido que vos fala teve o azar de formar consciência sob o signo do Pasquim.

Daí, meu herói é o Fradim (do Henfil). E eu adorava os textos que sacaneavam as bichas. Prepare, portanto, seu arsenal de críticas e reprimendas. Ainda vai ter muito trabalho comigo. (MUITAS GARGALHADAS)

Comentários

  1. Olha que você acabou de arrumar parceira. Gargalho de tudo que eu possa, desde as coisas fofinhas até as escandalosamente incorretas. Ayrton e Mamonas? Piadas fáceis. Santa Ceia? Tenho uma que me acompanha há anos. Nine Eleven? Eu gargalhei na primeira imagem que vi do avião batendo no WTC, e virei pros meus amiguinhos de faculdade e disse: "Estudar a brecha? Taí, ó". Pulp Fiction? Peraí, o filme inteirinho é uma piada. Se ter carteirinha de politicamente incorreta não fosse tão politicamente correto eu bem que tinha uma. Tamo nessa, Provocante. Quando a gente finalmente se encontrar talvez acha novo arsenal pra gente se manifestar.

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  2. Olha, não sei se rio ou se choro com este depoimento. Gargalhar ? É muito bom mesmo, mas acho que te supero, quer apostar ? Vc não me conhece...
    bjs e gargalhe sempre !!!

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  3. Marília, rir sempre! É isso aí...

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  4. Estejam todos certos: nada desse subproduto - as gargalhadas - do assunto do "menino do MEP" teria ocorrido, e muito menos nessas proporções, se a conversa tivesse acontecido no escritório central, todos simultâneos e ao vivo. É que, ao falar, as pessoas também fazem gestos, caretas, modulações de voz, pausas, alterações de timbre, imitações. Explicações de gestos geralmente não são necessárias, falas são aparteadas, o garçom chega e pedimos outra, há toda uma dinâmica que a linguagem escrita e não simultânea apenas sonha em reproduzir, com resultados sempre imperfeitos.

    Se o cara tem que ficar dando "alguma satisfação" horas depois de ter gargalhado é porque a comunicação, de algum modo, foi prejudicada. Riamos, pois, e gargalhemos, que, além de fazer bem à saúde, desanuvia a alma.

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  5. Só prá engrossar o caldo, esse papo todo me lembra da diferença entre Comédia e tragédia. Comédia é quando algo estranho ou ruim acontece com os outros, tragédia é quando acontece com a gente. Imaginem a cena de alguém andando pela rua distraidamente e, repentinamente, cai num bueiro...kkk, muuuiiito engraçado! Mas se fosse comigo...
    Ô que provoca, ainda vamos rir muito disso tudo...bj.

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  6. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK meu querido PROVOQUENTO, vc sabe que sou uma piada ambulante,por sinal tenho umas novas e preciso te mandar, cada vez que as leio penso ele vai gostar.
    Do DESENHO caio na gargalhada até qdo eu me estropio, pra vc ter uma idéia, há uns dois anos eu estava fazendo esteiro qdo coloquei adita cuja no maximo, daí fui beber ÁGUA ... e batata, acabei com a bunda estampada na janela e a canerla ralando na esteira, tenho a medalha da ignorância comigo até hoje e cada vez que lembro da cena tragicomica caio novamente na gargalhada dando graças A DEUS que na janela só tinham plantas e minha bundona não ficou enfeitamdo a frente da academia.]
    Beijos e é rindo que se vive com a alma leve.

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  7. Piadas sobre o tragicômico fim dos Mamonas "Assassinadas" ?

    Não deixe de postá-las aqui... dessas eu vou rir até estourar o diafragma!!

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  8. Engraçado, adoro piadas, adoro achar tudo engraçado, mas confesso que existe um parâmetro bem definido em minha mente, uma espécie de bloqueio ou mesmo censura talvez, que não me deixa rir do que me choca, chorei um dia inteiro por causa dos Mamonas Assassinas, jamais conseguiria rir de nada com esse tema, mas respeito quem consiga, rosnando de pavor rrrrrrrrrrrrrr

    bjs amigos Bryanna

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