Tá bom, vou aceitar a provocação desenhada sem problemas na agenda e encarar a tarefa de aclarar a história do aperitivo, reconduzindo a biologia ao seu devido e merecido lugar de destaque entre os cientistas de plantão.
Li, num artigo da revista Língua Portuguesa (Etimologia), acho que da lavra do etimólogo Mário Eduardo Viaro, sobre a inversão de significado, ao longo do tempo, da palavra aperitivo. De incentivador de buraco de saída passou a estimulador de buraco de entrada. Acredito eu, sem nenhuma base, que tenha havido contágio entre esta palavra e apetite, e como tudo era buraco, paulatinamente a nova acepção foi sendo aceita e adotada, na mesma proporção em que a antiga ia sendo apagada do costume.
Ou seja, de purgante passou a “aperitivo”.
Digital vem de dígito, dedo em latim. Como temos dez dedos nas mãos, a coisa foi, com o tempo, se identificando progressivamente mais com o número 10 e seus desdobramentos – sistema decimal, números decimais, décadas; potências de dez mereceram nomes gregos, como kilo, mega, giga, tera, peta, dec, centi, mili, micro, nano, pico. Dígito também passou a significar algarismo.
Com os avanços na eletrônica e as pesquisas com a tecnologia do cristal líquido, chegou-se a um tipo de mostrador de relógio, por exemplo, composto de oito segmentos dispostos de maneira retangular oblonga com uma divisão no meio, feita do mesmo material, o qual lembrava (e a ideia era precisamente essa) o dígito 8. Conforme os circuitos eletrônicos faziam este ou aquele segmento se ligar ou desligar num dado momento, víamos, estilizados mas perfeitamente reconhecíveis, todos os algarismos. A este tipo de mostrador se chamou digital, termo que se expandiu para a tecnologia, para a época, para se contrapor a analógico, que era, se me permitem, um mecanismo mecânico (a língua tem dessas coisas: existem mecanismos eletrônicos e de outros tipos) e, mais tarde, para quase tudo derivado do computador e das tecnologias avançadas.
Premiando quem conseguiu chegar a este ponto, minha conclusão: Se voltarmos ao Lácio, veremos que aperitivo digital significa “enfia o dedo no tucupinambá do pato e rasga”.
(muitas gargalhadas)
ResponderExcluirO "que sempre chega depois" é o meu herói.
Cara, não consigo parar de rir.
Faça isso sempre: transforme o meu sábado titica num dia divertido.
Beijo
Criançasssssssssssssss, façam isso mas não esqueçam de lavar as mãos e melhor ainda as unhas depois.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Beijosssssssssssssss
:D
ResponderExcluirMetido a moderno, é? A antenado? Comek um cara que desenha faz "dois pontos d maiúsculo"? Eu sou do milênio passado, não conheço esse símbolo. Traduza (de preferência, graficamente, belamente, elogiosamente, exultantemente).
ResponderExcluirEsclarecida a origem etimológica do Aperitivo, podemos pensar em mudar o nome do blog para algo como "Purgativo Análogo"; assim faríamos jus ao que temos publicado...
ResponderExcluirE já que voltamos ao Lácio, cadê as italianas?
ResponderExcluirQuerido atrasadinho,
ResponderExcluirConfesso que fiquei mei sem graça contigo após revelar publicamente que roubei no passado sua possível futura namorada. Nussa! foi isso mesmo que eu quis dizer? Por isso, só mesmo um :D conseguiu sair. Agora uma pergunta importante: cadê as italianas? prometo, desta vez, chegar depois....
Agora, que termos ch..xx..xh..ulos, são estes, véio? este é um blog família, véio...
ResponderExcluirbye, véio...
Véio? Coisa de modernoso, confome antecipado. Nanico querido, você postou no lugar errado, sua reação deve ser no outro post. Melhor, o local certo é no Enchendo, nossa sede.
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