Ensemble Vocal Soli-Tutti: "Cantos de amor" para doze cantores e dois dançarinos

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Cara, muito legal!

Estive ontem na Sala Cecília Meireles para ver o conjunto vocal Solli-Tutti e amei. Este grupo criado em 1988, é formado por doze cantores profissionais e dirigidos por Denis Gautheyrie. Ao longo dos seus concertos e turnês na França e no exterior, adquiriu uma experiência sonora original no domínio da criação contemporânea e do teatro musical. Soli-Tutti realiza um trabalho surpreendente tanto com a sonoridade contemporânea quanto com sua originalíssima cenografia. Este tipo de trabalho é definido como polifonia. A polifonia está presente no pensamento musical desde o século IX da nossa era, primeiramente no ambiente profano e, logo em seguida, no mundo eclesiástico medieval (já vi esse filme antes). Trata-se de uma técnica de composição em que a textura sonora se desenvolve em vozes independentes melódica e ritmicamente. Já no século XIV, surgem as formas polifônicas identificadas como Ars Nova. Considerando-se que, na Ars Antiqua, os ritmos estavam subordinados à poesia, na Ars Nova torna-se possível o encontro da livre expressão musical. No final do Renascimento, esses recursos sonoros autônomos que fluem colateralmente atingem seu maior grau de perfeição: é a chamada "idade de ouro da polifonia". Fora dos grandes centros propagadores da música erudita, a polifonia também se fez presente ao longo do tempo. Entre os zulus, povo africano atualmente restrito política e territorialmente e que formaram grande nação guerreira no passado, era parte integrante de sua cultura, sendo que algumas canções são tradicionais como é o caso de "Batsheleny".
"Cantos de amor" para doze cantores e dois dançarinos, teve sua estréia em outubro de 2008, em Granada, Espanha. "Cinq Rechants", de Olivier Messiaen e "Oscuro amor", de Enrique Muñoz (texto de Federico Garcia Lorca) são duas obras para doze vozes que apresentam várias visões do amor e se complementam, inspirando uma dupla coreografia e universos muito diferentes. Estas obras coreografadas estão acompanhadas de partes puramente vocais com três arranjos de Jean-Philippe Dequim de canções francesas que se tornaram canções de domínio universal: "La Habanera", da ópera Carmen, de Georges Bizet, "La vie en rose", de Edith Piaf, e "Ne me quitte pas", de Jacques Brel. Em " Oscuro amor", o amor é representado como uma paixão, uma loucura, uma dilaceração, um fogo devorador, uma obsessão, uma dor implacável...
Para esta parte, a coreografia associa dois dançarinos: Gianni Joseph, coreógrafo e dançarino francês de dança contemporânea e Francisco Velasco, coreógrafo espanhol especialista em dança espanhola e flamenca (foi o primeiro dançarino do Bale Nacional de Espanha). Esta confrontação permite expressar na coreografia a tensão e a violência dos poemas Iorquianos.

Tudo isso por "dez real". Muito bom...Beijo.

Baseado em texto de Glícia Campos


Comentários

  1. Sabe q eu fui e gostei muito, tb ?
    A coreografia é ótima, principalmente qto ao sapateado de Francisco Velasco, o dançarino espanhol de musica espanhola ( claro ) e flamenca.
    Agora, ouvir "La vie en rose" e "Ne me quitte pas", já vale a saída de casa !!!
    Adorei o convite !!

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  2. Ok, Marília...legal que vc foi e gostou. Realmente os caras dançam e sapateam muito. Aliás, são todos profissionais altamente qualificados. Gostei muito da parte final, bem ao estilo de "Oscuro amor"...

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