Ontem fui ao Sindicato dos Bancários do Rio. Há muito não pisava lá que não fosse para ir ao banheiro, quando por ali estivesse casualmente passando, em apuro (depois dos sessenta, ter um mapa mental dos banheiros disponíveis por perto é sempre uma necessidade). Fui ver um vídeo sobre a greve de 21 dias no BB em 1989, feito pelo Jorge Pacheco e outro companheiro, cujo nome me escapa no momento.
Outros ativistas da época também estavam lá. Muitas risadas foram ouvidas, a cada vez que aparecia na tela um destes. O Pacheco conseguiu montar um vídeo sem que a minha figura aparecesse na tela em nenhum momento, o que me frustou um pouco. Queria me ver ali, como muitos se viram, décadas mais jovem. Porra, e olha que eu sou um cara grande... Mas tem nada, não. O Pacheco acabou provando, inadvertidamente, que eu sou um ninja, que consigo me fazer invisível às vezes, eh, eh...
Acabou sendo mais um evento afetivo do que político.
O barzinho do 21º andar, onde passou o vídeo, tinha uma caipirinha de responsa. Pedi a primeira, depois a segunda, derramei quase toda a terceira no chão, emendei a quarta, depois a quinta, e aí parei de contar...
Me inscreveram (á revelia) para falar depois do fim da exibição, mas declinei alegando que, bêbado como estava, só iria dizer bobagens...
Cheguei em casa, depois de dividir um táxi com Fernanda Carisio, trocando as pernas como há décadas não fazia, mas feliz como um peru na véspera de natal...
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